ABRIL/2012
Os trabalhos de reforma e ampliação da igreja matriz de Piquet Carneiro levaram à cabo, em outubro de 2011, a demolição da velha sacristia da mesma, construída, que fora, por iniciativa do primeiro pároco, Pe. Antônio Pinheiro Freire, no ano de 1948.
Agora, neste mês de abril de 2012, foi a vez, de se observar " caído por terra " , o antigo altar-mor da mesma Casa de Deus, edificado há 55 anos, posto que solenemente benzido, em 27 de outubro de 1957, pelo vigário d´então, o Revmo. Pe. Alberto Nepomuceno de Oliveira.
Foi doida a cena, sobremodo para quem tem o sentido da História... Mas não havia alternativa, que não a sua retirada, face à ampliação da nave central do nosso templo.
Na verdade, o conjunto arquitetônico do altar de nossa igreja, em forma de cruz, parecia "impregnado" de Eternidade! A Bíblia, que é a Palavra de Deus, todavia, nos adverte: TUDO TEM SEU TEMPO E SUA HORA!
Infelizmente, do antigo altar, não se pode salvar, senão as colunelas, tendo, nestas, impressos, o trigo e a uva, símbolos do trabalho do homem, símbolos também da Eucaristia; e o medalhão, em que se vê retratada a imagem de uma ave, um pelicano, mais precisamente.
Segundo uma lenda medieval, o pelicano, "quando não encontra alimento para sustentar sua prole, rasga seu próprio ventre para alimentá-la com seu sangue. (...)". Por extensão dos fatos, "no simbolismo católico, o pelicano, derramando seu sangue por seus filhos, é o emblema do Salvador - Jesus Cristo - dando seu sangue para a salvação da humanidade ou alimentando o homem na eucaristia." (Cf. shttp://www.pelicanosdoasfalto.org/pelicano.html - acessado em 21.04.2012).
Em audiência, que mantive, na manhã deste Dia de Tiradentes (21 de abril), com o nosso vigário, Pe. Jaime, ouvi dele que tais elementos do antigo altar, ora demolido, serão usados como adorno do "novo" altar.
Louve-se, pois, neste particular, o intento de Sua Reverendíssima, ao ter em consideração aquilo que é reflexo do esforço dos nossos antepassados, tendo em vista que, convém mesmo, que sejam preservadas , ao menos em parte, as peças de um monumento sacro, edificado, como fruto de uma conjunta ação, movida pelo vigário Alberto Nepomuceno de Oliveira, com o povo e as lideranças de antanho, naquele já distante outubro de 1957.
(Prof. Osmar Lucena Filho, Memorialista)
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